Lista de OFICINAS e MINICURSOS do I EIPCH:
As inscrições para os OUVINTES das Oficinas ou Minicursos ocorrerão presencialmente no dia da própria atividade ou podem ser solicitadas no momento do credenciamento, ou via o formulário online. cada oficina e minicurso comporta um público de 20 pessoas, encerrando-se as inscrições ao atingir este número.
Serão fornecidos certificados aos proponentes que desenvolverem as atividades, assim como para o público que estiver presente.
Minicurso 1: NON NON NON: Seriam os pintores de vasos letrados? - Dr.ª Carolina Kesser Barcellos (UFPEL) - LOCAL: AUDITÓRIO DO MUSEU DO DOCE - Praça Cel. Pedro Osório, Casarão 8 - Centro
Centraremos nossas análises nos vasos áticos de figuras negras produzidos entre finais do século VI e meados do século V a. C., e que carregam em sua decoração inscrições de diversas categorias: assinaturas, legendas, kalos names, e inscrições ditas ‘nonsense’. O que a presença de inscrições, seus significados ou a ‘falta de sentido’ das palavras podem nos revelar? Procuraremos refletir sobre os aspectos metodológicos dos estudos epigráficos e suas contribuições de análise no campo da ceramologia clássica, destacando a relação entre oralidade e letramento na produção cerâmica e iconográfica ática.
Minicurso 2: Teoria dos Sistemas Sociais: para uma abordagem sistêmica e interdisciplinar da sociedade - Doutorando Everton Garcia da Costa (UFRGS) - LOCAL: Auditório 2 do Centro de Artes - Alberto Rosa, 62 - Centro
Desenvolvida pelo sociólogo alemão Niklas Luhmann, entre as décadas de 1980 e 1990, e ancorada na esteira do pensamento complexo, a Teoria dos Sistemas Sociais (TSS), sem dúvida, é um dos principais modelos teóricos da segunda metade do século XX. Sustentada sob um vasto arcabouço conceitual, a TSS tem a pretensão de ser uma teoria geral da sociedade, isto é, de ser um modelo que possibilite uma investigação teórica e empírica dos diferentes sistemas e subsistemas que compõem a sociedade moderna (economia, educação, política, direito, arte, ciência, etc.). Adotando uma postura radicalmente transdisciplinar, Luhmann mobiliza conceitos e categorias de diferentes campos do conhecimento (como a biologia, a cibernética, a matemática, a linguística etc.) na sua tentativa de interpretar e explicar o social. A riqueza teórica das ideias de Luhmann são tamanhas, de modo que, para alguns, ele é o sociólogo alemão mais importante desde Weber, e um dos mais proeminentes pensadores sociais do século passado. Partindo dessas considerações, este minicurso tem por objetivo apresentar e discutir os principais conceitos e ideias da TSS, quais sejam: autopoiésis, auto-organização, autorreferência, comunicação, complexidade, diferenciação, sistema, entorno. Além disso o intuito é mostrar como ainda como a TSS tem possibilitado o desenvolvimento de estudos nas mais diversas áreas das Ciências Humanas.
Minicurso 3: Epistemologia da interdisciplinaridade: desafios e perspectivas para a pesquisa brasileira - Doutorando Gabriel Bandeira Coelho (UFRGS) - LOCAL - Sala da Lareira do Casarão 6 - Praça Cel. Pedro Osório, 6 - Centro
A presente proposta de minicurso visa apresentar os principais fatores, históricos e epistemológicos, que influenciaram a emergência e, também, a necessidade do pensamento interdisciplinar enquanto ferramenta à compreensão de problemas de natureza complexa, sobretudo a partir das fragilidades apresentadas pela episte moderna ao longo dos séculos XX e XXI. Ademais, objetiva-se mostrar, com base em argumentos teóricos e empíricos, como vem se constituindo o panorama da pesquisa interdisciplinar no clima intelectual brasileiro, especialmente nos cursos de Pós-Graduação interdisciplinares e multidisciplinares do País.
Oficina 1: Psicologia da criatividade em Ciências Humanas: por qualquer coisa não ortodoxa no projeto de pesquisa e no projeto de vida - Dr. Ney Roberto Váttimo Bruck (UFPEL) - LOCAL: Auditório do Museu do MALG - R. Gen. Osório, 725 - Centro
A oficina busca subsidiar o trabalho de “epistemologia de si mesmo” considerando o pressuposto que ciência não combina com submissão.
Epistemologia de si mesmo significa a busca onto-antropológica de rever o imaginário em confronto com a realidade, como leitura das leituras do mundo efetuadas. Significa reconhecer como verdade aquilo que vimos como erro. Reconhecer as linhas de fuga, a complexidade, o caos, a busca das gêneses como dispositivos de pensar e sentir sobre ao invés de a partir de uma concepção, muitas vezes cronificada e paralítica diante das mudanças e da rigidez institucional.
O objetivo principal da oficina é o enfrentamento das conexões imperfeitas entre a pessoa e as instituições através de abordagens corporais e dispositivos onde ver-se é igual a ver melhor. A compreensão de inacabamento é o que permite sensibilizar-se à mudança. Mudança no perguntar, mudança no olhar que, por sua vez, podem operar a transformação daquilo que é visto como sendo estático, sem movimento.
Trata-se de investigar os pressupostos internalistas de quem pesquisa e/ou trabalha com ciências humanas, suas motivações internas e o mapeamento do desenvolvimento destes processos com sugestões de melhorias nesta viagem que tem a ver com questionamentos sobre os modelos vigentes e a sua própria postura, pois para mudar o modo de agir é preciso modificar a própria imagem que temos de nós mesmos.
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